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A adaptabilidade da criatura humana é tamanha que na verdade às vezes eles precisavam lembrar a si mesmos que estavam vivendo em circunstâncias desesperadas.Highlighted by 862 Kindle readers- Pela primeira vez, em 497 dias, estavam em terra firme. Terra sólida, inafundável, irremovível, abençoada.Highlighted by 413 Kindle readers
- Eram cinco da tarde do dia 10 de maio de 1916 e estavam finalmente pisando na ilha da qual haviam zarpado 522 dias antes.Highlighted by 408 Kindle readers
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Top reviews from other countries
- Jurema de CarvalhoReviewed in the United Kingdom on April 14, 2023
Very nice
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alex castanhaReviewed in Mexico on February 9, 2022
Lectura indispensable!
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Flavio L.Reviewed in Brazil on January 10, 2025
Leitura obrigatória
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serranoReviewed in Brazil on June 7, 2025
LIVRO ESPETACULAR !!!!
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André SEKUNDAReviewed in Brazil on April 23, 2025
Fantástico. Um pouco cansativo, mas o final recompensa.
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Dica de leitura de hoje. Nota: 10. Por incrível que pareça eu tinha certeza, até quase o final do livro, que lhe daria uma nota 7, mas o desfecho é bom demais, me fez repensar a nota, e verdadeiramente vale o 10. Que livro sensacional.André SEKUNDAFantástico. Um pouco cansativo, mas o final recompensa.
Reviewed in Brazil on April 23, 2025
O livro se baseia, principalmente, nos registros dos diários da tripulação e, obviamente, narra os fatos reais relacionados às 28 pessoas a bordo do navio Endurance, capitaneadas por Sir. Ernest Shackleton. Eles zarparam de Londres, em Agosto de 1914, rumo à Antártida, para realizar a Expedição Imperial Transantártica. A viagem seguia seu curso normal.
Porém, em Janeiro de 1915 o Endurance encalhou em uma gigantesca banquisa no Mar de Weddell, não conseguindo se desvencilhar, ficando preso no bloco e à deriva, com o navio sendo pressionado pelo gelo.
Em Outubro de 1915 a pressão do gelo rompe o casco do Endurance, e Shackleton ordena que todos abandonem o navio. A partir disso, a tripulação se muda para acampamentos improvisados sobre o gelo.
Após meses vivendo de forma errante em acampamentos improvisados, os 28 pegam os pequenos botes que tinham e partem, em abril de 1916, rumo à ilha Elefante. Após 7 dias em mar aberto, enfrentando o frio antártico, tempestades com gigantescas vagas e embarcações à deriva, a tripulação chegou ao destino. Ainda em abril, Shackleton parte em um dos barcos rumo à Ilha Geórgia do Sul, a 1300 km dali, com vistas a conseguir socorro à tripulação, e após 16 dias enfrentando um dos mares mais violentos do mundo, chega ao destino. Mas, diante da dificuldade de encontrar um navio apto ao resgate, apenas em 30 de agosto de 1916, após três tentativas, Shackleton consegue salvar sua tripulação — sem nenhuma perda de vida.
É inacreditável acompanhar o que esses homens passaram. Ainda que eventualmente o autor tenha aumentado um pouco as coisas na história, é surreal que esses caras tenham sobrevivido.
Não existiam roupas térmicas de alto desempenho, GPS ou qualquer garantia de resgate. Não existia sequer rádio comunicador. Esses homens viveram, por meses, sobre o mar congelado, enfrentando temperaturas de -40 °C, alimentando-se de focas e pinguins, dormindo em tendas sobre o gelo em derretimento. Passaram mais de um ano sem contato com o mundo exterior, e mesmo assim, ninguém morreu.
É impossível ler essa história sem se espantar com a fibra daqueles caras. Quantos resistiriam a isso hoje? Suponho que poucos. A leitura nos confronta com o enfraquecimento do espírito diante da comodidade e da aversão moderna ao sofrimento.
A Expedição Imperial Transantártica não é só uma aventura sobre resistência. É um espelho incômodo — um lembrete de que, apesar da evolução tecnológica, talvez tenhamos perdido algo essencial na alma.
Enfim, pessoal, é um baita livro. Ele é um tanto cansativo, e em alguns momentos achei excessivamente detalhado, mas no final todas as peças se encaixam e você vê que insistir na leitura vale a pena. A obra tem 319 páginas, que pessoalmente li em 57 dias. Leia!
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